Crise energética no Brasil: como se preparar?
3 de novembro de 2021

Crise energética no Brasil: como se preparar?

É fato que as mudanças climáticas podem alterar o regime de chuvas. E a possibilidade de uma escassez impacta tanto o equilíbrio do meio ambiente quanto atividades básicas, como a geração de eletricidade por meio das hidrelétricas. Afinal, quando os reservatórios atuam com baixos volumes de água, aumentam as chances de uma crise energética.

De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável por realizar projeções do uso de eletricidade, o país vivencia a pior crise hidrológica desde 1930, mas essa não é a primeira vez que os brasileiros precisam enfrentar uma crise de energia.

Em 2001, a dificuldade se repetiu e diversas regiões conviveram com longos períodos sem luz. Assim, o receio é que esse tipo de situação possa surgir de tempos em tempos, afetando diretamente o cotidiano das pessoas. A partir disso, fica a dúvida: é possível se preparar?

 

Consequências de uma crise energética

 

Grande parte da energia consumida por residências e empresas no Brasil é resultado das atividades de usinas hidrelétricas, incluindo a produção de Itaipu, Belo Monte e Tucuruí, que figuram na lista das 10 maiores do mundo.

Com a queda nos reservatórios, a produção de energia é afetada e praticamente todos os setores são impactados.

O aumento na tarifa de energia de energia é uma das primeiras consequências. Visto que para compensar a falta de geração em um modelo, são acionadas usinas termelétricas, que contribuem com o aumento na cota – custa mais manter essa forma de geração de energia.

Contudo, essa crise também ajudou a acelerar a busca por soluções e o crescimento das alternativas de produção de energia.

 

O que foi a crise de 2001?

 

Certamente, muitas pessoas têm pavor de lembrar os apagões que marcaram os anos de 2001 e 2002. Com a constante falta de energia, muitos indivíduos passaram a viver sem saber se haveria luz no dia seguinte.

Por conta do racionamento que foi aplicado, esse episódios ficou conhecido como “crise do apagão”, atingindo diversas residências e empresas, de acordo com horários e a região de origem.

É válido mencionar que naquela época a falta de chuvas também contribuiu com a situação, já que os reservatórios estavam atuando com baixa capacidade.

Naquela época, 90% da energia era produzida pelas usinas, fator que causou uma dependência de um único modelo. Sendo assim, nos meses de estiagem, havia uma vulnerabilidade maior em relação a produção de energia.

Para tentar conter a crise energética, foram estimuladas medidas de racionamento, campanhas de conscientização e até proibição de jogos e eventos culturais no período noturno.

Anos depois, um relatório foi divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), comprovando que o episódio foi capaz de impactar diversos segmentos de atuação, contribuindo com a taxa de desemprego e um dívida de mais de R$45 bilhões.

Desde então, outras formas de produção de energia ganharam destaque, incluindo as opções de energia eólica e solar.

 

A diversificação da matriz energética como solução

 

Atualmente, a produção de eletricidade em solo nacional é dividida, é o que mostram as informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

A rede hidrelétrica ainda é a principal, representando mais de 63% da capacidade. A termelétrica é a segunda mais utilizada, representando 8,9% das opções. A eólica corresponde a 11,2% da capacidade e a energia solar a 2,7% do percentual total. Os números levam em consideração os índices do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Os dados representam uma mudança nos últimos 20 anos, momento em que novas formas de geração de energia passaram a fazer parte do dia a dia dos brasileiros. É fato que as opções limpas e renováveis são capazes de produzir em alta capacidade e apresentam uma ascensão que deve permanecer nos próximos anos.

O mercado de energia solar, por exemplo, é um destaque dessa diversificação da matriz. Ao optarem por sistema fotovoltaicos, residências e empresas encontraram uma maneira de se preparar para crises energéticas ao produzirem a própria energia elétrica.

Inclusive, esse tipo de energia atingiu recordes de geração em junho de 2021, são mais de 549 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados á rede, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Energia solar para casas e empresas

 

O sistema de energia solar por meio de painéis solares que podem ser instalados no telhado ou solo de empresas e residências. A geração de eletricidade ocorre por causa de um fenômeno físico chamado efeito fotovoltaico.

Após captar os raios, o inversor transforma a corrente contínua em corrente alternada, levado a eletricidade para o quadro de distribuição. Após o uso próprio, ainda é possível fornecer a energia excedente para a concessionária da região, recebendo créditos de energia em troca. A economia na conta de luz pode chegar a 95%.

Pensar na diversificação da produção de energia é o primeiro passo para evitar uma crise energética, seja agora ou no futuro. Com diversos modelos de produção de eletricidade, fica mais fácil assegurar que esse recurso não faltará para os brasileiros, além de evitar os problemas que já foram causados por essa ausência anos atrás.

 

Texto do blog Intelbras: https://blog.intelbras.com.br/crise-energetica/

 

 

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